quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Anônimo(a) disse...

Anônimo disse...

Justificativa: As sugestões partem do princípio de tentarmos popularizar as idéias e o conhecimento... Oportunizando a participação de todos que visitam o blog. Isso o tornaria mais interessante e prazeroso, e ainda acompanhariamos a evolução de todos que de alguma forma estam conosco nesta caminhada, buscando a luz e o esclarecimento. Lapidariamos as idéias fazendo ligações com filmes, músicas, poesias,reportagens, livros complexos... Esse na verdade seria um aguçar os vários sentidos e prazeres, convidando ao raciocínio e ação para mutação do ser. Topas?

10 de Outubro de 2007 20:50

Dedé disse:
Duas sugestões de alto calibre, veja como são as coisas, até então não tinha tido a oportunidade nem a boa vontade de assistir aos dois filmes sugeridos, agora senti-me tentado a vê-los o mais breve possível, pela sinopse postada desperta uma curiosidade enorme para entender estas obras. Vou ficar devendo novos comentários. Já está topado. Um grande abraço.

Anônimo(a) nova dica...

Anônimo disse...

Filme:A Vida em Preto e Branco

Dois irmãos - David e Jennifer - são misteriosamente sugados para dentro da televisão e ficam presos em uma série, estilo "Papai sabe tudo", chamada Pleasantville. Nesta cidade, que dá nome á série, todos estão sempre felizes e satisfeitos, não há conflitos e a rotina não é religiosamente seguida. É um mundo falsamente perfeito, onde nunca choveu e nem os bombeiros sabem o que é um incêndio.
A vida de todos é em preto e branco e, apesar de parecer estarem todos satisfeitos, não há mudanças pois não conhecem nada diferente de suas vidas, nem o que há fora de sua cidade. Eis que os irmãos, que passam a ser filhos dos personagens da série, começam a agitar a cidade, mostrando como a vida pode ser muito mais agradável se todos seguirem o que têm vontade de fazer, e não apenas aceitar o que fazem.
Á medida que vão se abrindo, cada sentimento conquistado é mostrado como o colorido e logo a cidade vai se pintando aos poucos. Os livros começam a não ter apenas páginas em branco e os jovens, principalmente, descobrem que há mais o que fazer do que andar de mãos dadas.
O filme não trata apenas da descoberta de paixões nem da aceitação de si próprio, trata também de como a sociedade pode fazer de tudo contra aqueles que assumem as "suas cores". Ele vai tratar também do preconceito, pois as novas ações não são facilmente toleradas pelos antigos moradores, e mostrar como a intolerância pode acabar com as cores da vida.
Apesar de tímido esse filme tem a dizer muito mais do que parece.

10 de Outubro de 2007 20:34

Dedé disse:
Mais uma indicação. Vou assistir.

Anônimo(a) sugeriu...

Anônimo disse...

Vou iniciar:Sinopse do filme V for vendetta (V de vingança):

Na paisagem futurista de uma Inglaterra totalitária, V de Vingança conta a história de uma pacata jovem chamada Evey(Natalie Portman), que resgatada de uma cituação de vida e morte por um homem mascarado, conhecido apenas como "V". Incomparavelmente habilidoso na arte do combate a destruição, V inicia uma revolução quando convoca seus compatriotas a erguerem-se contra a tirania e opressão. Enquanto Every descobre a verdade sobre o mistérioso passado de V, ela também descobre a verdade sobre si mesma - e emerge como uma improvável aliada na culminação do plano de V, para trazer liberdade e justiça de volta à sociedade repleta de crueldade e corrupção.

10 de Outubro de 2007 20:15

Dedé diz:
Gostei da sugestão. Ainda não assisti o filme, vou fazê-lo para poder iniciar os comentários.

Dialogando...

Anônimo disse...

SUGESTÃO:
Quero inicialmente felicitar o protagonista por uma visão que é pouco frequente, em disponibilizar temas pertinentes ao nosso cotidiano. Por sua sensibilidade de admitir o essencial ao nosso crescimento e amadurecimento - O CONHECER -.
Há muitos anseio enunciar as palavras, com todas as suas formas e sentimentos, com poesias,leituras, reflexões, indicações de filmes, músicas... Reconheci neste blog a oportunidade de assim fazê-lo, em um espaço reservado para os mais variados temas, poderiamos publicar palavras, mistérios, magia, sons, cores... sem necessariamente nos prendermos a coisa alguma, a não ser o sentimento presente e o compartilhar.

10 de Outubro de 2007 19:54

Caro(a) Anônimo(a),
Você não imagina como fico feliz com cada comentário que é feito neste blog. Gostaria de agradecer-lhe imensamente por sua participação, entendo de forma clara que não há evolução não compartilhada. Sinta-se à vontade para introduzir qualquer tema que considere relevante para o nosso crescimento, absolutamente tudo é bem vindo, iniciamos com Rousseau, mas não temos que nos prender a este autor, ele, aliás, abriu um leque de oportunidades maravilhosas para a expansão de nosso pensamento. A título de exemplo senti a necessidade de ler Aldous Huxley e a sua obra Admirável Mundo Novo, como também George Orwell e seu livro 1984. São ensaios maravilhosos e poderiam ampliar nossa discussão ainda mais.
Um grande abraço.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Continuando o diálogo com Ana...

Ana disse...

Caro "irmão de profissão"
(Profissão do ato de professar o pensamento)
A cada leitura me deparo com mais um milhão de novas questões sobre o pensamento de Rousseau, considerado muitas vezes como romantico e simplista por outros filósofos do Iluminismo, mas, com certeza um dos pais da ciência política moderna.
Obrigada pela resposta rápida e bem aplicada.
Se possível me mande um email ou um comentário, como preferir, sobre sua opinião pessoal sobre as obras que estamos estudando, por que você acha melhor o primeiro livro citado? É a linguagem? Ou o quê? Findamos o primeiro livro? Não seria bom revermos nossas opiniões pessoais antes de começarmos novo estudo?

9 de Outubro de 2007 11:25

Cara Ana,
Antes de qualquer coisa, obrigado pelo "irmão de profissão", fiquei lisonjeado. Ainda bem que as suas considerações são muitas, o que faz com que a fogueira do estudo seja alimentada mais e mais. Antes de adentrarmos as considerações pessoais sobre a obra, gostaria de dizer que pessoas como você e outras que deixam comentários no blog, mesmo de forma anônima, contribuem muito para o avanço do pensamento. Todos os comentários são considerados e estava guardando-os para esta oportunidade que surgiu agora, com o término da leitura do Livro Primeiro. Vamos retomar a todos a partir de então.
O fato de preferir a obra da coleção Os pensadores tem como causa uma maior discussão das considerações de Rousseau em notas de rodapé por pessoas que estudaram este pensador profundamente, bem como uma introdução de Marilena de Sousa Chauí, intitulada Rousseau Vida e Obra, além de uma introdução feita por Lourival Gomes Machado, que possibilita uma visão tanto do homem quanto do pensador que foi Rousseau. A segunda obra, por mim citada no comentário anterior, da coleção Clássicos do Pensamento Político, também traz um excelente prefácio feito por Bento Prado Júnior além de um texto introdutório sobre Eonomia Política, intitulado: Discurso Sobre a Economia Política, ampliando o pensamento econômico e social que encontraremos na obra estudada. No entanto, não é tão profundo nos comentários das notas de rodapé, o que dificulta a compreensão para um leigo como eu. Essa é a causa principal de uma preferência maior por uma obra em detrimento de outra.
Com relação às suas considerações sobre o término do Livro Primeiro, a resposta é sim. Os textos de Rousseau encerram este livro no capítulo IX Do Dominío Real. O Livro Primeiro é composto pois da seguinte forma: Uma breve Advertência (conforme postagem anterior); Um texto inicial (Vamos começar com Rousseau: Texto inicial [neste blog - com dois comentários que a partir de agora serão retomados e ampliados]); Capítulo I - Objeto deste primeiro livro (também com um comentário); Capítulo II - Das primeiras sociedades (também com um comentário, ainda anônimo); Capítulo III - Do direito do mais forte (também com comentário muito bom, mas ainda anônimo); Capítulo IV - Da escravidão (longo e com dois comentários, ambos anônimos); Capítulo V - De como é sempre preciso remontar a uma convenção anterior (sem nenhum comentário aqui no blog); Capítulo VI - Do pacto social (com comentário no blog, ainda anônimo); Capítulo VII - Do soberano (trazendo seu primeiro comentário, neste blog); Capítulo VIII - Do estado civil (com comentário de anônimo indagando sobre o povo que queria estudar Rousseau, achei que demorei a abrir o debate e acho que a galera desistiu de comentar, talvez, espero que não tenham desistido de estudar) e finalmente o último: Capítulo IX - Do domínio real, encerrando assim a fase de leitura.
Acho que você está certa no sentido de que antes de iniciarmos a leitura do Segundo Livro devamos abrir o debate sobre o que foi lido até aqui aprofundando as considerações do autor e de outros e as nossas, inclusive as postadas anonimamente. Pergunto: abrir o debate por partes ou tipo brainstorm? O que você(s) sugere(m)?

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

"Ana deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Capítulo IX - Do Domínio Real - Rousseau (Fim do L...":
Querido amigo Dedé,
Gostaria de fazer um pedido, não sei se procede...
Já me vi várias vezes tentada a comprar o livro que você nos oferece em capítulos neste inteligente blog, mas, acho interessante conhecer assim de forma mais lenta e minuciosa tal obra. Então acho que vou protelar a compra do livro para o final das sua publicações aqui neste meio.
Meu pedido é o seguinte: gostaria de ter uma apresentação de todo o livro, em quantas e quais partes é o mesmo dividido. Isto somente para termos uma idéias do que vem pela frente. Quando leio um capítluo sempre fico esperando o próximo com ansiedade.
Um abraço!
Postado por Ana no blog Nosso Mundo (Lá In Nóis) em 5 de Outubro de 2007 11:49"

Cara Ana,
O livro que estou utilizando é um volume de uma coleção chamada "Os Pensadores" da Editora Nova Cultural, edição de 1999. O volume é Rousseau 1. E também o Livro Discurso sobre economia política e Do contrato social, tradução de Maria Constança Peres Pissarra, da Editora Vozes, edição de 1995, também parte de uma coleção maior chamada: Clássicos do pensamento político.
Considero o primeiro melhor que o segundo. Vamos às suas considerações: O Contrato Social é dividido em quatro livros. No primeiro deles Rousseau faz um ataque direto e sem considerações iniciais sobre o problema que sempre o preocupou: positivar qual o fundamento legítimo da sociedade política. No segundo livro discute as considerações e os limites operacionais do poder soberano. Em seguida, no terceiro e mais longo dos quatro livros, Rousseau tece considerações sobre a forma e o funcionamento do aparato governamental, e no último e quarto livro, com excessão do capítulo inicial que faz uma conclusão do livro três, é dedicado a uma série de estudos sobre os sufrágios, as assembléias e certos órgãos e funções governamentais complementares. Este é um esboço geral do livro Do Contrato Social.
Eu havia deixado propositalmente de tecer comentários acerca dos escritos de Rousseau até o término do livro I que ocorreu com a postagem do Capítulo IX - Do Domínio Real. Achei que seria mais prudente iniciarmos, primeiro com uma leitura do Livro Primeiro e só então adentramos aprofundadamente no pensamento do autor. Vejo que talvez não tinha sido um caminho interessante; corrigiremos isso nas próximas leituras. Mas façamos um apanhado de todo o Livro I.
Rousseau inicia o livro I com uma breve advertência que inadvertidamente omiti, mas aqui vai na íntegra:
'ADVERTÊNCIA
Este pequeno tratado foi extraído duma obra mais extensa, outrora iniciada sem que houvesse consultado minhas forças e de há muito abandonada. Dos vários trechos que se podiam tomar ao que estava feito, este é o mais considerável e pareceu-me o menos indigno de ser oferecido ao público. O resto não mais existe.'
Essa obra mais extensa a que o autor se refere era o plano das "Instituições Políticas" posteriormente abandonado por Rousseau. Então o primeiro livro abre-se, após esta advertência, com uma introdução onde se diz que o tratado tem a finalidade de 'indagar se pode existir, na ordem civil, alguma regra de administração legítima e segura, tornando os homens como são e as leis como podem ser'. Segundo Lourival Gomes Machado, é necessário evitar 'armadilhas interpretativas' em expressões como 'regras de administração', 'homens como são' e 'leis como podem ser'. Não se trata pois de um exame realista da situação política de vários povos, nem um guia de práticas governamentais. O objeto da investigação de Rousseau estaria indicado claramente na frase incial do Capítulo I: 'O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se a ferros'. Rousseau demonstra ai a oposição entre a condição natural do homem, de irrestrição de seus impulsos, e a sua condição social que inevitavelmente tolhe essa liberdade. O imperativo, portanto é estudar se a transição da liberdade natural para o condicionamento social é realmente necessária. Dito de outra forma, se esta passagem é condição sine qua non para a sobrevivência e quais as condições em que essa transformação pode operar-se de forma legítima.
Creio ter ampliado o nosso estudo. Acho necessário retomarmos a leitura agora revendo e ampliando as considerações pessoais. Sua contribuição é valiosa, tanto para o blog, quanto para meu crescimento. Obrigado por juntar-se a esse projeto. Um grande abraço.