"A PRIMEIRA VEZ QUE ELE VIU O CÉU foi exatamente ás seis horas e cinqüenta e sete minutos depois do momento mesmo em que uma geração inteira se apaixonou por ele.
Foi, sem dúvida alguma, sua primeira morte, e apenas a primeira de muitas pequenas mortes que se seguiriam.Para a geração enamorada por ele, era uma devoção apaixonada, poderosa e obrigatória — o tipo de amor que logo de inicio você sabe que está predestinado a partir seu coração e terminar como uma tragédia grega."
Com essa pequena e poética introdução de Charles R. Cross, já é possível perceber o que vem pela frente. Um passeio, como um espectador privilegiado pela vida íntima de Kurt Cobain, desde o nascimento até sua trágica morte aos 27 anos. A formação da banda Nirvana, os cenários em que foram compostas as músicas de maiores sucessos, enfim, lança uma luz sobre a personalidade altamente complexa do vocalista e líder de um dos maiores fenômenos musicais dos anos 90. A leitura por vezes é densa, abafada, angustiante, como os momentos em que o protagonista passava, povoada das inquietações, anseios e visões, distorcidas ou lúcidas. É também um tour pela devastação que as drogas causam nas mentes atormentadas de visionários, em seus familiares e amigos. Se já era fã do Nirvana, a leitura fez com que esses elos invisiveis fossem ampliados, mas acredito, que mesmo para quem não é fã da música do grupo, vale a leitura. É possível encontrar na rede a versão em PDF do livro.
Bom fim de semana.
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