terça-feira, 9 de outubro de 2007

Continuando o diálogo com Ana...

Ana disse...

Caro "irmão de profissão"
(Profissão do ato de professar o pensamento)
A cada leitura me deparo com mais um milhão de novas questões sobre o pensamento de Rousseau, considerado muitas vezes como romantico e simplista por outros filósofos do Iluminismo, mas, com certeza um dos pais da ciência política moderna.
Obrigada pela resposta rápida e bem aplicada.
Se possível me mande um email ou um comentário, como preferir, sobre sua opinião pessoal sobre as obras que estamos estudando, por que você acha melhor o primeiro livro citado? É a linguagem? Ou o quê? Findamos o primeiro livro? Não seria bom revermos nossas opiniões pessoais antes de começarmos novo estudo?

9 de Outubro de 2007 11:25

Cara Ana,
Antes de qualquer coisa, obrigado pelo "irmão de profissão", fiquei lisonjeado. Ainda bem que as suas considerações são muitas, o que faz com que a fogueira do estudo seja alimentada mais e mais. Antes de adentrarmos as considerações pessoais sobre a obra, gostaria de dizer que pessoas como você e outras que deixam comentários no blog, mesmo de forma anônima, contribuem muito para o avanço do pensamento. Todos os comentários são considerados e estava guardando-os para esta oportunidade que surgiu agora, com o término da leitura do Livro Primeiro. Vamos retomar a todos a partir de então.
O fato de preferir a obra da coleção Os pensadores tem como causa uma maior discussão das considerações de Rousseau em notas de rodapé por pessoas que estudaram este pensador profundamente, bem como uma introdução de Marilena de Sousa Chauí, intitulada Rousseau Vida e Obra, além de uma introdução feita por Lourival Gomes Machado, que possibilita uma visão tanto do homem quanto do pensador que foi Rousseau. A segunda obra, por mim citada no comentário anterior, da coleção Clássicos do Pensamento Político, também traz um excelente prefácio feito por Bento Prado Júnior além de um texto introdutório sobre Eonomia Política, intitulado: Discurso Sobre a Economia Política, ampliando o pensamento econômico e social que encontraremos na obra estudada. No entanto, não é tão profundo nos comentários das notas de rodapé, o que dificulta a compreensão para um leigo como eu. Essa é a causa principal de uma preferência maior por uma obra em detrimento de outra.
Com relação às suas considerações sobre o término do Livro Primeiro, a resposta é sim. Os textos de Rousseau encerram este livro no capítulo IX Do Dominío Real. O Livro Primeiro é composto pois da seguinte forma: Uma breve Advertência (conforme postagem anterior); Um texto inicial (Vamos começar com Rousseau: Texto inicial [neste blog - com dois comentários que a partir de agora serão retomados e ampliados]); Capítulo I - Objeto deste primeiro livro (também com um comentário); Capítulo II - Das primeiras sociedades (também com um comentário, ainda anônimo); Capítulo III - Do direito do mais forte (também com comentário muito bom, mas ainda anônimo); Capítulo IV - Da escravidão (longo e com dois comentários, ambos anônimos); Capítulo V - De como é sempre preciso remontar a uma convenção anterior (sem nenhum comentário aqui no blog); Capítulo VI - Do pacto social (com comentário no blog, ainda anônimo); Capítulo VII - Do soberano (trazendo seu primeiro comentário, neste blog); Capítulo VIII - Do estado civil (com comentário de anônimo indagando sobre o povo que queria estudar Rousseau, achei que demorei a abrir o debate e acho que a galera desistiu de comentar, talvez, espero que não tenham desistido de estudar) e finalmente o último: Capítulo IX - Do domínio real, encerrando assim a fase de leitura.
Acho que você está certa no sentido de que antes de iniciarmos a leitura do Segundo Livro devamos abrir o debate sobre o que foi lido até aqui aprofundando as considerações do autor e de outros e as nossas, inclusive as postadas anonimamente. Pergunto: abrir o debate por partes ou tipo brainstorm? O que você(s) sugere(m)?

5 comentários:

Anônimo disse...

Caro amigo,
Quando li o capítulo Do Domínio Real e entre parênteses Fim Do Livro Priemiro, só então me vi parar em reflexões sobre como expandir minhas considerações e dúvidas sobre o que já tinha lido. Até ali, apenas reuni em um arquivo particular os textos postados por você, li e fiz um fichamento pessoal. Mas, antes de começarmos o segundo livro acho necessário, pelo menos no meu caso, refletirmos mais profundamente sobre o que aprendemos.
Para tentarmos organizar o pensamento de forma sistemática e precisa seria interessante debatermos capítulo a capítulo, mas, muitas vezes nossos (meus) pensamentos são incontroláveis e aí a discussão poderá passear por todos os capítulos ao mesmo tempo...
Por isso fique a vontade quanto ao método que queira utilizar nesta fase de nosso crescimento, estarei pronta a continuarmos nosso diálogo, ansiosamente.

Anônimo disse...

SUGESTÃO:
Quero inicialmente felicitar o protagonista por uma visão que é pouco frequente, em disponibilizar temas pertinentes ao nosso cotidiano. Por sua sensibilidade de admitir o essencial ao nosso crescimento e amadurecimento - O CONHECER -.
Há muitos anseio enunciar as palavras, com todas as suas formas e sentimentos, com poesias,leituras, reflexões, indicações de filmes, músicas... Reconheci neste blog a oportunidade de assim fazê-lo, em um espaço reservado para os mais variados temas, poderiamos publicar palavras, mistérios, magia, sons, cores... sem necessariamente nos prendermos a coisa alguma, a não ser o sentimento presente e o compartilhar.

Anônimo disse...

Vou iniciar:Sinopse do filme V for vendetta (V de vingança):

Na paisagem futurista de uma Inglaterra totalitária, V de Vingança conta a história de uma pacata jovem chamada Evey(Natalie Portman), que resgatada de uma cituação de vida e morte por um homem mascarado, conhecido apenas como "V". Incomparavelmente habilidoso na arte do combate a destruição, V inicia uma revolução quando convoca seus compatriotas a erguerem-se contra a tirania e opressão. Enquanto Every descobre a verdade sobre o mistérioso passado de V, ela também descobre a verdade sobre si mesma - e emerge como uma improvável aliada na culminação do plano de V, para trazer liberdade e justiça de volta à sociedade repleta de crueldade e corrupção.

Anônimo disse...

Filme:A Vida em Preto e Branco

Dois irmãos - David e Jennifer - são misteriosamente sugados para dentro da televisão e ficam presos em uma série, estilo "Papai sabe tudo", chamada Pleasantville. Nesta cidade, que dá nome á série, todos estão sempre felizes e satisfeitos, não há conflitos e a rotina não é religiosamente seguida. É um mundo falsamente perfeito, onde nunca choveu e nem os bombeiros sabem o que é um incêndio.
A vida de todos é em preto e branco e, apesar de parecer estarem todos satisfeitos, não há mudanças pois não conhecem nada diferente de suas vidas, nem o que há fora de sua cidade. Eis que os irmãos, que passam a ser filhos dos personagens da série, começam a agitar a cidade, mostrando como a vida pode ser muito mais agradável se todos seguirem o que têm vontade de fazer, e não apenas aceitar o que fazem.
Á medida que vão se abrindo, cada sentimento conquistado é mostrado como o colorido e logo a cidade vai se pintando aos poucos. Os livros começam a não ter apenas páginas em branco e os jovens, principalmente, descobrem que há mais o que fazer do que andar de mãos dadas.
O filme não trata apenas da descoberta de paixões nem da aceitação de si próprio, trata também de como a sociedade pode fazer de tudo contra aqueles que assumem as "suas cores". Ele vai tratar também do preconceito, pois as novas ações não são facilmente toleradas pelos antigos moradores, e mostrar como a intolerância pode acabar com as cores da vida.
Apesar de tímido esse filme tem a dizer muito mais do que parece.

Anônimo disse...

Justificativa: As sugestões partem do princípio de tentarmos popularizar as idéias e o conhecimento... Oportunizando a participação de todos que visitam o blog. Isso o tornaria mais interessante e prazeroso, e ainda acompanhariamos a evolução de todos que de alguma forma estam conosco nesta caminhada, buscando a luz e o esclarecimento. Lapidariamos as idéias fazendo ligações com filmes, músicas, poesias,reportagens, livros complexos... Esse na verdade seria um aguçar os vários sentidos e prazeres, convidando ao raciocínio e ação para mutação do ser. Topas?