quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Capítulo III - Do Direito do Mais Forte (Rousseau)


"O mais forte é suficientemente forte para ser sempre o senhor, senão transformando sua força em direito e a obediência em dever. Daí o direito do mais forte - direito aparentemente tomado com ironia e na realidade estabelecido como princípio. Jamais alcançaremos uma explicação dessa palavra? A força de um poder físico; não imagino que moralidade possa resultar de seus efeitos. Ceder à força constitui ato de necessidade, não de vontade; quando muito, ato de prudência. Em que sentido poderá representar um dever?
Suponhamos, por um momento, esse pretenso direito. Afirmo que ele só redundará em inexplicável galimatias, pois, desde que a força faz o direito, o efeito toma lugar da causa - toda a força que sobrepujar a primeira, sucedê-la-á nesse direito. Desde que se pode desobedecer impunemente, torna-se legítimo fazê-lo e, visto que o mais forte tem sempre razão, basta somente agir de modo a ser o mais forte. Ora, que direito será esse, que perece quando cessa a força? Se se impõe obedecer pela força, não se tem necessidade de obedecer por dever, e, se não se for mais forçado a obedecer, já não se estará mais obrigado a fazê-lo. Vê-se, pois, que a palavra direito nada acrescenta à força - nesse passo, não significa absolutamente nada.
Obedecei aos poderes. Se isso quer dizer - cedei à força -, o preceito é bom, mas supérfluo; sustento que jamais será violado. Reconheço que todo o poder vem de Deus, mas também todas as doenças. Por isso será proibido chamar o médico? Quando um bandiodo me ataca num recanto da floresta, não somente sou obrigado a dar-lhe minha bolsa, mas, se pudera salvá-la, estaria obrigado em consciência a dá-la, visto que, enfim, a pistola do bandido também é um poder?
Convenhamos, pois, em que a força não faz o direito e que só se é obrigado a obedecer aos poderes legítimos. Desse modo está sempre de pé minha pergunta inicial."

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Capítulo II - Das Primeiras Sociedades (Rousseau)


"A mais antiga de todas as sociedades, e a única natural, é a da família; ainda assim só se prendem os filhos ao pai enquanto dele necessitam para a própria conservação. Desde que tal cessa, desfaz-se o liame natural. Os filhos, isentos da obediência que devem ao pai, e este isento dos cuidados que deve aos filhos, voltam todos a ser igualmente independentes. Se continuam unidos, já não é natural, mas voluntariamente, e a própria família só se mantém por convenção.
Essa liberdade comum é uma conseqüência da natureza do homem. Sua primeira lei consiste em zelar pela própria conservação, seus primeiros cuidados são aqueles que deve a si mesmo, e, assim que alcança a idade da razão, sendo o único juiz dos meios adequados para conservar-se, tornar-se, por isso, senhor de si.
A família é, pois, se assim se quiser, o primeiro modelo das sociedades políticas: o chefe é a imagem do pai; o povo, a dos filhos, e todos, tendo nascidos iguais e livres, só alienam sua liberdade em proveito próprio. A diferença toda está em que, na família, o amor do pai pelos filhos o paga pelos cuidados que lhes dispensa, enquanto no Estado o prazer de mandar substitui tal amor, que o chefe não dedica a seus povos.
Grotius nega que todo o poder humano se estabeleça em favor daqueles que são governados: cita, como exemplo, a escravidão. Sua maneira mais comum de raciocinar é sempre estabelecer o direito pelo fato. Poder-se-ia recorrer a método mais conseqüente, não, porém, mais favorável aos tiranos.
Resta, pois, em dúvida, segundo Grotius, se o gênero humano pertence a uma centena de homens ou se esses cem homens pertencem ao gênero humano. No decorrer de todo o seu livro parece inclinar-se pela primeira suposição, sendo essa também a opinião de Hobbes. Vemos, assim, a espécie humana dividida como manadas de gado, tendo cada uma seu chefe, que a guarda para devorá-la.
Assim como um pastor é de natureza superior à de seu rebanho, os pastores de homens, que são os chefes, também possuem natureza superior à de seus povos. Desse modo - segundo Filo - raciocinava o imperador Calígula, chegando, por essa analogia, à fácil conclusão de que os reis eram deuses, ou os povos, animais.
O raciocínio de Calígula leva ao de Hobbes e ao de Grotius. Aristóteles, antes de todos eles, também dissera que os homens em absoluto não são naturalmente iguais, mas nascem uns destinados à escravidão e outros à dominação.
Aristóteles tinha razão, mas tomava o efeito pela causa. Todo homem nascido na escravidão, nasce para ela; nada mais certo. Os escravos tudo perdem sob seus grilhões, até o desejo de escapar deles; amam o cativeiro como os companheiros de Ulisses amavam o seu embrutecimento. Se há, pois, escravos pela natureza, é porque houve escravos contra a natureza. A força fez os primeiros escravos, sua covardia os perpetuou.
Nada disse do rei Adão, nem do imperador Noé, pai dos três grandes monarcas que dividiram entre si o universo, como o fizeram os filhos de Saturno, que muitos julgaram reconhecer neles. Espero que apreciem minha moderação, pois, descendendo diretamente de um desses príncipes, e talvez do ramo mais velho, quem sabe se não chegaria, depois da verificação dos títulos, à conclusão de ser eu o legítimo real do gênero humano? Seja como for, não se pode deixar de concordar quanto a ter sido Adão o soberano do mundo, como o foi Robinson em sua ilha, por isso que era único habitante da terra, e o que havia de cômodo nesse império era o monarca, firme em seu trono, não temer rebeliões, guerras ou conspiradores."

Capítulo I - Objeto deste Primeiro Livro - Rousseau


"O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles. Como adveio tal mudança? Ignoro-o. Que poderá legitimá-la? Creio poder resolver esta questão.
Se considerasse somente a força e o efeito que dela resulta, diria: 'Quando um povo é obrigado a obedecer e o faz, age acertadamente; assim que pode sacudir esse jugo e o faz, age melhor ainda, porque recuperando a liberdade pelo mesmo direito por que lha arrebataram, ou tem ele o direito de retomá-la ou não o tinham de subtraí-la'. A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza; funda-se, portanto, em convenções. Trata-se, pois, de saber que convenções são essas. Antes de alcançar esse ponto, preciso deixar estabelecido o que acabo de adiantar."

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Vamos começar com Rosseau. Texto Inicial.


"Quero indagar se pode existir, na ordem civil, alguma regra de administração legítima e segura, tornando os homens como são e as leis como podem ser. Esforçar-me-ei sempre, nessa procura, para unir o que o direito permite ao que o interesse prescreve, a fim de que não fiquem separadas a justiça e a utilidade.
Entro na matéria sem demonstrar a importância de meu assunto. Perguntar-me-ão se sou príncipe ou legislador, para escrever sobre política. Respondo que não, e que por isso escrevo sobre política. Se fosse príncipe ou legislador, não perderia meu tempo, dizendo o que deve ser feito; haveria de fazê-lo, ou calar-me.
Tendo nascido cidadão de um Estado livre e membro do soberano, embora fraca seja a influência que minha opinião possa ter nos negócios públicos, o direito de neles votar basta para impor o dever de instruir-me a seu respeito, sentindo-me feliz por todas as vezes que medito sobre os governos, por sempre encontrar, em minhas cogitações, motivos para amar o governo de meu país."

Que tal os motivos de Rousseau para escrever sobre política e sociedade? O texto é bom para começo de estudo? É o texto de abertura do livro "Do Contrato Social". Gostei da parte sobre o dever de instruir-se sobre os negócios públicos, derivado do direito do voto. O convite está feito.

Prá entender o Brasil tem que se ler Rousseau?

Penso não haver alternativa. Ou estudamos ou estudamos. Acho que o intelecto é a única via capaz de nos salvar deste estado de ignorância e apatia que se abate sobre todo o país. Tudo o que acontece na república não é novo. Acho que devemos voltar aos grandes pensadores, como forma de entender a sociedade. Gostaria de fazer inúmeros comentários sobre tudo o que acontece, mas não me sinto preparado o suficiente para tanto. Isso significa que qualquer argumento meu pode ser facilmente abatido por alguém mais preparado intelectualmente. Vos convido a iniciar um estudo do livro “Do Contrato Social (Ou Princípios do Direito Político)”. Obra do pensador Jean-Jacques Rousseau. Não sei se é o caminho certo, sei que é um caminho. Espero que aceitem meu convite. Na próxima postagem iniciaremos a leitura da obra.

Pensar com Nietzsche. Pense...

Das alegrias e das paixões


Meu irmão, se tens uma virtude e ela é a tua virtude, então não a tens em comum com ninguém.

Sem dúvida, queres chamá-la pelo nome e afagá-la; queres puxar-lhe a orelha e brincar com ela.

E eis que, agora, tens o seu nome em comum com o povo e te tornaste, com a tua virtude, povo e rebanho!

Melhor terias feito dizendo: "Inexprimível e sem nome é o que faz o tormento e a delícia da minha alma, e que é, também, a fome das minhas entranhas".

Que a tua virtude seja demasiado elevada para a familiaridade dos nomes; e, se tens de falar nela, não te envergonhes de gaguejar.

Fala, pois, gaguejando: "Este é o meu bem, é o que amo, é assim que gosto dele, somente assim eu quero o bem.

Não o quero como uma lei de Deus, não o quero como uma norma e uma necessidade humanas; que não seja, para mim, seta indicadora de mundos ultraterrenos e paraísos.

É uma virtude terrestre, a que amo: pouca prudência há nela e, menos do que qualquer outra coisa, a razão de todo o mundo.

Mas foi em mim que essa ave fez seu ninho; amo-a, por isso, e a acaricio — e, agora, ela cobre em mim, chocando-os, seus ovos de ouro."

Assim deves gaguejar e louvar a tua virtude.

Um tempo, tiveste paixões e as dizias más. Agora, porém, restam-te somente as tuas virtudes: brotaram das tuas paixões.

No centro dessas paixões puseste o teu alvo mais alto: tornaram-se elas, então, as tuas virtudes e alegrias.

E, ainda que fosses da raça dos coléricos ou dos voluptuosos, dos fanáticos ou dos vingativos — todas as tuas paixões, por fim, tornaram-se virtudes e todos os teus demônios, anjos.

Noutro tempo, tinhas cães ferozes no porão da tua casa; no fim, porém, transformaram-se em maviosas aves canoras.

Dos teus venenos, destilaste um bálsamo; ordenhaste a tua vaca tribulação — e sorves, agora, o doce leite do seu ubre.

E mais nada de mau brotará de ti, doravante, a não ser o mal que brotar da luta entre as tuas virtudes.

Se tens sorte, meu irmão, possuirás uma única virtude e não mais do que uma: mais leve, assim, poderás transpor a ponte.

Ter muitas virtudes confere distinção, mas é um pesado destino; e não poucos foram para o deserto, cansados que estavam de ser batalha e campo de batalha de virtudes.

Meu irmão, são um mal, guerra e batalha? Mas necessário é esse mal, necessárias são a inveja, a desconfiança e a calúnia entre as tuas virtudes.

como cada uma delas almeja o que há de mais elevado: quer o teu espírito inteiro, para que seja o seu arauto, quer a tua força toda na cólera, no ódio, no amor.

Ciumenta da outra, é cada virtude, e coisa terrível é o ciúme. Também as virtudes podem perecer de ciúme.

Aquele que está cercado pela chama do ciúme acaba, como o escorpião, voltando contra si mesmo o ferrão envenenado.

Ah, meu irmão, ainda não viste nunca uma virtude caluniar-se e apunhalar-se a si mesma?

O homem é algo que deve ser superado; por isso, cumpre-te amar as tuas virtudes: pois delas perecerás.

Assim falou Zaratustra.


Friedrich W. Nietzsche

Assim Falou Zaratustra

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Sobre o Amor...

Disse, então, Almitra: Fala-nos do Amor.

E ele levantou a cabeça e olhou para as pessoas, e o silêncio caiu sobre eles. E com uma voz poderosa ele disse:

Quando o amor vos chamar, segui-o,
Apesar do seu caminho ser duro e íngreme.
E quando suas asas vos envolverem, abraçai-o,
Apesar da espada escondida entre suas penas poder ferir-vos.

E quando ele falar convosco, acreditai nele,
Apesar de sua voz poder esfacelar vossos sonhos como o vento norte arruína o jardim.

Pois mesmo quando o amor vos coroa, ele vos crucifica. Mesmo sendo para o vosso crescimento, ele também vos poda.

Mesmo quando ele chega à vossa altura e acaricia vossos ramos mais tenros que tremem ao sol,
Ele também desce até vossas raízes e abala a vossa ligação com a terra.

Como feixes de milho, ele vos une a si próprio.
Ele vos ceifa para desnudar-vos.
Ele retira vossas espigas.
Ele vos mói até ficardes brancos.
Ele vos amassa até ficardes moldáveis;
E depois ele vos designa ao seu fogo sagrado, para que vós vos torneis o pão sagrado do sagrado festim de Deus.

Todas estas coisas o amor fará convosco até que conheçais os segredos dos vossos corações, e, através deste conhecimento, vos torneis fragmentos do coração da Vida.

Mas se, por medo, buscardes apenas a paz do amor e o prazer do amor,
É melhor que cubrais a vossa nudez e que passeis da eira do amor
Para o mundo sem estações, onde rireis, mas não todo o vosso riso, e chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.

O amor nãonada além de si mesmo e não toma nada além de si mesmo. O amor não possui nem é possuído; Pois o amor é suficiente ao amor.

Quando vós amais, não deveis dizer: "Deus está no meu coração", mas sim "Estou no coração de Deus".

E não pensai que podeis dirigir o curso do amor, pois o amor, se achar que mereceis, dirige o vosso curso.

O amor não tem outro desejo além de satisfazer a si mesmo.


O Profeta
Khalil Gibran

A Estranha Linguagem do Mundo...

Não sei definir o que será este texto. O que já é ruim prá ser um inicio, mas vamos ao que interessa: você já reparou que o mundo tem uma linguagem? Diferente... Esquisita... Quase indecifrável... Alguns a classificam de linguagem espiritual, apesar do espírito, ser algo inefável, de essência incompreensível aos sentidos e ao pensamento. Mas tenho notado nestes anos de minha passagem por aqui, que a natureza, os espíritos, ou o Criador, ou tudo junto se manifesta todos os dias, em todos os lugares, através de pequenas coisas e também de coisas grandes. É difícil falar de experiências extra-sensoriais porque alguns podem interpretar como um pensamento de origem religiosa, tentando impor-se aos demais. Não é nada disso. Não gosto de dogmas, de verdades inatingíveis, de verdade inatingível já nos basta a morte, como o fim, ou o começo, quem sabe? Dizia, no entanto, que este texto, não é religioso no sentido de propagar uma crença em uma doutrina, até porque acredito que o caminho da verdade é algo pessoal, extremamente íntimo, impossível de ser compartilhado, com a linguagem e o nível de desenvolvimento tecnológico e social que possuimos. Mas deixemos as desculpas de lado, e vamos tratar de algo que possa ser tratado. Falava da linguagem do mundo, o mundo fala comigo em um pôr-do-sol, todos os dias... eu tenho olhos para vê-lo e invariavelmente, à noite, alta noite, quando mando ao céus a fumaça de um cigarro, observando os contornos dos pés de eucalipto da paisagem existente, também olho as estrelas. E é estranho, mas compreendo o poeta, eu também as ouço... "Ora direis ouvir estrelas... certo perdeste o senso...". Há um espetáculo no céu toda noite, e quando a lua está cheia, ele é mais bonito ainda. Nada é em excesso, ou nada falta. Que língua mais estranha.... a do céu. Recebo recados às vezes incompreensíveis por todo lado, anos mais tarde, há um estalo na minha cabeça: então, isso queria dizer aquilo. Compreendo com uma clareza absoluta, como tudo estava ali, todos os sinais. O meu entendimento é que era pouco. Faço um convite, escute o mundo e me diga o que ele te fala. Talvez possamos entender o indecifrável.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

O que tem nessa edição...

Sempre começo pela entrevista: a dessa semana é com o ex-presidente Itamar Franco, aquele do topete. Interessante a oponião dele sobre os seus sucessores, Fernando Henrique e Lula, e também sobre o episódio da modelo Lilian Ramos, fotografada sem calcinha ao seu lado no carnaval de 1993. Destaque para a reportagem "O Brasil não aguenta mais imposto", onde compara-se a carga tributária do Brasil com a dos países industrializados e em desenvolvimento, só como aperitivo a do Brasil corresponde a 33,7% do PIB contra 38,8% dos países industrializados. Outra boa: "Chinaglia obedece ao baixo clero", sobre o corporativismo e o clientelismo instalados na câmara federal.

Ensaio Cultural 2

Conforme prometido: foto de Pedim de Belinha ao teclado e Wilton na percussão. Aguardavamos a chegada de Cicim (também de Belinha) que até o momento da foto, encontra-se em rumo ignorado. Sentimos ainda a ausência de Cumpadre Rinaldo que estava entre os seus (desculpas aceitas). Música com essa galera é outra coisa.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Por que ouvir o outro lado?....

Comprei a revista por causa das mulheres, claro. Mas ai me deparei com a entrevista de José Dirceu, aquele mesmo do PT. Pensei não vou perder meu tempo lendo desculpas de políticos. Mas no caso de José Dirceu, acabei mudando a opinião. Não por causa dele, pessoa aliás, pela qual não nutro nenhuma simpatia, sempre o achei arrogante, como a maioria dos que cercam o atual presidente. Mas então por que cargas d'água ouvir o outro lado da história, simples: o outro lado existe. Ignorar isso é falta de inteligência. Não sou inteligente, mas estou no caminho do conhecimento. Hilária a parte que ele fala de Diogo Mainardi, colunista da revista Veja. Leiam e tirem suas conclusões. É a manifestação do outro lado. As conclusões ficam a cargo de cada um.

15 Minutos - Ou um tempo qualquer...

Sonhei noite passada, que dedicava quinze minutos a mais em todas as atividades que fazia. E, claro, isso alterava a qualidade dos meus atos. Não como algo mecânico pela forma e rigidez numérica, mas como algo de plena concentração e absorção da atividade pela atividade. Experimentei isso durante a manhã e tudo ganhou novos nuances. O trabalho, a leitura, até o gosto do café mudou, ganhou gosto de café, cheguei a ver a fumaça sumindo no ar com o aroma. E agora esse texto em que dedico algum tempo para escrever por escrever (não necessariamente 15 minutos). Isso não é um conselho, dizem que "conselhos são nostalgias disfarçadas". Por enquanto ainda não estou neste estado. Me ensinaram a relaxar outro dia. Como algo fora da existência, para além do além. Acho que cheguei ao Nirvana (não a banda, mas o estado espiritual). Achei que foi por muito tempo, e ai sonhei com quinze minutos em tudo... E porque quinze? sei lá!? Se fosse Zagallo seria treze... O que importa? Importa a relevância que damos ao tempo e o que fazemos com ele enquanto nos importamos. O que para você pode ser baboseira, neste momento para mim é puro prazer, de dizer.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Ensaio Cultural

Tem coisa melhor do que reunir alguns(?!) amigos(?!), com boa música, cachaça e um bom papo (ou quase)? Sei não. Domingo, dia 19 de agosto de 2007, a galera se reuniu no sitio do Monstro (Bastião ou Tião). Presença do maestro Claudier (sem ele não tem música) e ainda de Pedro de Belinha (aguardem novas fotos) e Wilton (continuem aguardando) ambos na percussão. Rolou de tudo, em termos de música, o que é uma pena. O mote era MPB, mas até Zezé de Camargo reclama do termo, com razão. Não rolou Djavan até porque o momento era inoportuno, mas a pedidos, passou por lá Bruno & Marrone. Prá quem gosta foi ótimo. Mas teve uma palinha da música italiana em forma de arremedo. Ainda bem que ninguém gravou. Se tudo correr bem, brevemente estaremos em outro local, aguardem.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Destaques: A misteriosa deportação: como dois campeões mundiais de boxe cubanos foram assediados no Brasil, caíram na farra, não resistiram as pressões de Fidel Castro e voltaram para casa humilhados - Como o governo Lula resolveu sem diplomacia o problema da deportação dos cubanos; - A HORA DA PARTILHA: para prorrogar a CPMF, governo temporada de nomeações políticas e liberação de verbas a parlamentares. Será o estilo FHC de volta?; Reportagem de capa: O espiritismo cinco anos depois da morte de Chico Xavier: a história do Código Xavier, senhas confidenciais que o médium teria deixado para confirmar seu retorno.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Reportagem de Capa: Revista VEJA 15/08/2007

O objetivo desta parte do blog não é fazer propaganda de nenhuma revista de grande circulação nacional. Creio que elas não precisam deste espaço para esta finalidade. Mas queremos aqui, montar um painel de discussão sobre os temas nacionais de maior relevância. Leia, discuta e opine. É de graça. Aumenta sua bagagem intelectual, amplia sua visão de mundo. A reportagem de capa desta semana da revista VEJA é sobre o fato da justiça brasileira não ser capaz de manter na cadeia assassinos e corruptos presos. Aponta como origem da impunidade em nosso país a própria lei. Fala sobre o trabalho árduo da polícia federal, em tantas operações de nomes cinematográficos e dos poucos resultados obtidos. Mostra a boa vida dos mensaleiros, lembra? Aqueles deputados denunciados em rede nacional de rádio e televisão. Vamos ler e comentar a respeito. Vale a pena relembrar e questionar as causas da impunidade apontadas pelo autor da reportagem o Sr. Marcelo Carneiro. O título da matéria é: "Frágil como papel". Boa leitura.